Lá em Barretos nossa vidinha era bem simples. Minha mãe trabalhava numa pequena escola como professora e diretora, e meu pai como colportor (vendedor de livros) e estava sempre viajando e eu ficava em casa com a babá.
Todos sabem que vida de professor não é fácil, ganha-se muito pouco. Não tinha-mos nem televisão, por dois motivos: por não ter condições de comprar e por que meus pais decidiram me criar sem a influência da tv.
Então minha distração era: um rádio AM, um gravador e uma vitrolinha com a coleção “Disquinho” que minha mãe usava na escola.
Sempre que podia a babá me levava na casa de sua tia e me colocava bem em frente a tv. Quando eles viram, o estrago já havia sido feito!